Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo esta situação, resolveram se juntar em grupos. Assim, se agasalhavam e se protegiam mutuamente. Mas, os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam calor. E, por isto, tornavam-se a afastar uns dos outros.
Voltaram a morrer congelados e precisavam fazer uma escolha: desapareceriam da face da Terra ou aceitavam os espinhos do semelhante. Com sabedoria, decidiram voltar e ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. Sobreviveram.
Moral da história:
O melhor grupo não é aquele que reúne membros perfeitos, mas aquele onde cada um aceita os defeitos do outro e consegue perdão para seus próprios defeitos.
Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar o zen-budismo aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz
de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos, apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante.
O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta.
Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar a sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio.
Foram todos para a praça da cidade,
e o jovem começou a insultar o velho mestre.
Atirou algumas pedras na sua direcção, cuspiu no seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive os seus ancestrais.
Durante horas fez tudo para provocá-lo,
mas o velho permaneceu impassível.
No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado,
o impetuoso guerreiro retirou-se.
Desapontados pelo facto do mestre ter aceitado tantos insultos e provocações os alunos perguntaram:
Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou a sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se cobarde diante de todos nós?
Se alguém chega até si com um presente e não o aceita, a quem pertence o presente? - Perguntou o Samurai.
A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos.
O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos, disse o mestre. Quando não são aceitos continuam pertencendo
a quem os carregava consigo.
"A sua paz interior, depende exclusivamente de si.
As pessoas só podem lhe tirar a calma, se o permitir."
Enquanto teus olhos se fecham
para a tua alegria,
enquanto escondes do teu coração
o que te poderia fazer evoluir,
enquanto crês no mal, abafando teu bem
sob teu denso silêncio...
A vida continua, e a protecção ainda é tua companheira.
Enquanto permites que as tempestades confundam teu ser,
enquanto passas pelos teus tempos esperando algum conforto diante das confusões que tu mesmo crias...
A vida continua e te esqueces que estás acompanhado da tua luz.
Enquanto constróis mártires e te vês dependente deles, ajoelhando-te perante a tua suposta fragilidade...
A vida se desenrola e não vês que a eternidade ainda te assusta, não vês que és arrancado a cada dia das minas escuras em que tu próprio
te colocas.
E a vida só te pede que te aceites, assim como és.
Pois, partindo da tua verdade é que encontrarás conforto em ti.
Encontra paz neste momento sabendo da protecção que te é dada a cada momento,
mesmo quando descuidas e te esqueces
pelos dias que não mais voltarão.